As palavras partiram. Voaram pra longe pra devorar novas entonações, sem um único adeus. Elas normalmente me deixam quando têm fome - vez ou outra me escapolem.
Hoje não me tira o sono saber que foram. Nem se voltam. Ou quando chegam. Nosso amor é cativo, intimamente puro; e mesmo que pareça tão duro, é rio - desagua sempre em ritmo certo.
Por hora acordo vazia - de um vazio que não dói, afaga. Pre-encho então meus dias com frases feitas e outros excessos, que não meus. Virou rotina, neste destempero, muitas palavras estranhas se esfregarem em mim. E eu deixo. E rodopio com elas. Quando o som acaba, olho com olhos de despedida que acalenta, e sigo.
Me faz bem estar só.
Sylvia Araujo
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