Cá com os meus botões, nada pior poderia ter me acontecido nesse momento. E, assustadoramente - por isso mesmo - nada melhor. Fiquei desbaratinada, confesso, quando as luzes se apagaram. Mas no negrume, me surpreendi com as novas possibilidades do tatear, desaprendi a me deixar guiar pela luz fraca do stand by e segui rumo ao deslumbrante desconhecido. Ah! E como é supremo reconhecer meus espaços sem qualquer outro sentido, senão aquele que me leva aonde quero de fato ir... Então, neste momento sublime, quase nirvanesco, sigo firme meus instintos e meu coração, com a certeza de que vou chegar lá (pode escrever), onde nada - nem ninguém! - será capaz de me ferir, porque minhas asas estarão tão fortes, mas tão fortes, que vão me guiar certeiras até a infinitude do ser muito mais. Mais ainda.
Sylvia Araujo
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