Cada um é cada um, sujeito singular e multifacetado - cheio até a boca dos seus próprios senões e poréns - e não, não existe um unicozinho par idêntico nesse mundo-vasto-mundo pra contar história.
Juro que me esforço, mas não consigo administrar tanto dedo em riste que vejo por aí. Por que não se pode simplesmente respeitar (e respeitar é muitíssimo diferente de tolerar) a direção de cada atalho? Por que não se pode olhar o dentro de cada ser humano ao invés de tachá-lo, rotulá-lo, de simplesmente excluí-lo? Pra mim, é pequenez demais se achar tão grande a ponto de anular a importância da vida do outro. (grande, imenso mesmo, é aquele que absorve todas as matizes e cria a partir delas sua própria nuance)
Quer dizer então que só heterossexuais-brancos-magros-lindos-ricos e saudáveis se edificam em alegrias e tristezas? Só eles têm um coração que pulsa? Ah, pode parar, que eu vou descer é já!
Num mundo em que é preciso haver lei pra punir discriminação, pra coibir desrespeito, pra garantir direitos de cidadãos contribuintes, eu não tô afim de caminhar não. Estanquei.
É por essas, e muchas outras coisitas, que prefiro mil vezes reverenciar o submundo idílico dos sonhos que sonho. Pelo menos lá - mesmo que seja só lá - toda diversidade é.
Sylvia Araujo
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