- Não. Onde?
- Lá, bem lá no fundo. Viu?
- Não. Cadê?
- Fixa seus olhos no final da reta, bem no meio da escuridão. Tá vendo?
- Escuridão? Não. Onde?
- Fecha bem os olhos. Agora abre. Viu?
- Não. Mas que diabos você tanto quer que eu veja, criatura?
- Aquela luzinha lá no fim do túnel. Agora viu, né?
- Ah, sim, a luz... Mas ela não tá lá no fim do túnel não. Ela sai é dessa lanterna que eu insisto em carregar na testa sempre que preciso tatear o destino.
Sylvia Araujo
Um comentário:
Tatear o destino...
Gosto de saber que a lanterna está sempre presente em tua jornada... no meio da testa, como um terceiro olho...
O olho da sensação, da percepção, do detalhe, das entrelinhas... do destino. O que é o destino a não ser o que nós sentimos,sentimos e por fim, tomamos a coragem de verbalizar e colocar no papel? Nada! Nós construímos o nosso próprio destino... com base no que sonhamos e acreditamos poder acontecer. Te beijo com amor
Postar um comentário