Como ousa? Como se atreve a me cuspir enganos, passar assim por cima dos meus planos? Vem me falar de flores, vem sussurrar amores... quanta insolência! - eu sou mil rancores. Não vê que a faca dos dias 'inda me sangra o peito? Que meus sonhos-poucos já escorreram? Cara de pau vir cantar futuro, esbaforir em lua, me hastear bandeira... Não adianta vir beijar minhas noites. Não adianta vir me alar de azul. Caso perdido extrapolar meu peito de esperança-nua - ando vivendo crua.
Estúpida.
Maldita borra de café estúpida!
Sylvia Araujo
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