Olhou no espelho depois de semanas ausente de si. A barba por fazer dizia das léguas de distância e da altura do muro que construiu ao redor. O fio branco e reluzente no meio da escuridão no alto da cabeça não era nada diante daqueles olhos sem vida. Eram seus, não havia dúvidas. Mas de quem seria aquela dor que não lhe doía, mas lhe havia matado? De quem seria toda aquela imensa falta de amor?
Sylvia Araujo
3 comentários:
A falta de amor vem "da quelas pessoas" que tanto amamos.
bjs
Insana
poderia ser escrito por todos nós...
abraços
Morrer pra si mesmo é como estar enterrado e vivo, por mais que pareça contraditório.
A certeza da morte está na mente, mas o corpo ainda sente. Respira.
A alma ainda aspira. Quer ir além e não consegue.
E que, nessa luta, caia por terra o muro. Vença o sublime pensamento.
A morte está lá dentro. E que não saia. Nunca mais!
Amei o texto!
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