Este blog é uma reunião de textos exclusivamente autorais. Para conhecer mais de mim, dividir sons e sabores poéticos, musicais, cinematográficos, e tantos outros cheiros mais além dos meus, venha tomar um expresso esparramado nas almofadas fofas do meu outro blog, o Abundante-mente. Te espero lá com as velas acesas.

10 de agosto de 2010

Braile

Sou
inteira
pedaços
fragmentos
cortantes
sílabas
impronunciáveis.

À lápis
me escrevo
à espera
de quem
me soletre
os relevos

- em braile.

Sylvia Araujo

11 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

É o toque da leitura braile do corpo e da alma que acho.cola.atada às partes... Belíssimo, poético à vera, e sensível, de tocar as fibras da alma... ;)

Sueli Maia (Mai) disse...

Poema tátil. Num leve toque que aguça os sentidos.

gosto muito.

Suzana Guimarães disse...

Há quem possa ler em braile nossos relevos?

Eva Cidrack disse...

"Uma cereja (caramelada!) pelos seus pensamentos..."
Que delícia de cereja! :)

à espera
de quem
me soletre
os relevos

- em braile.

...Velho sonho.

Insana disse...

Ser inteira sempre.

bjs
Insana

Juan Moravagine Carneiro disse...

Belíssimo!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida
um poema com a sensibilidade à flor da pela.

Beijinhos
Sonhadora

AC disse...

Lindo, lindo, lindo!!!

Beijo :)

Macaires disse...

Minha cara, seu texto é o cúmulo da sensibilidade!!!!

Lindo demais!
Beijo!

Noé disse...

Bonito, gostei.

Tania Anjos disse...

Gostei, Sylvia!

Bjs!