Este blog é uma reunião de textos exclusivamente autorais. Para conhecer mais de mim, dividir sons e sabores poéticos, musicais, cinematográficos, e tantos outros cheiros mais além dos meus, venha tomar um expresso esparramado nas almofadas fofas do meu outro blog, o Abundante-mente. Te espero lá com as velas acesas.

8 de julho de 2010

Fênix

Rasgou meus livros
Partiu meus discos
Arranhou os móveis
Quebrou o espelho
Juntou suas coisas
Nem um adeus

Dobrando a esquina
me ouviu sorrir
e lembrou que
esqueceu
de atear
fogo
em
mim
X

Sylvia Araujo

4 comentários:

aluisio martinns disse...

a mulher sublimou a vida, salvou a poesia...
tb sorrio

Suzana Guimarães disse...

Conheci "gentes" que nem ateando fogo! Nada, nada, nada extingue tais criaturas.

Mas eu também não me deixo extinguir fácil... eu quero o último risinho para mim. Naquela puxada do tapete que tantos já me deram, eu, ao cair, puxei o tapete junto e depois deixei no vento o pequeno riso.

O contrário, significa uma vida chata, entediante, aborrecida.

Bjs.

Renata de Aragão Lopes disse...

FENOMENAL!

Destrua-me as coisas,
jamais a mim!

Beijo,
Doce de Lira

Cynthia Lopes disse...

O que dizer?

PERFEITO!
bjs